29/03/09

Programa 200 Anos Resistência Invasões Francesas


Recriação Histórica - 19 Abril 15 horas
Locais: Largo do Monumento; Largo da Feira dos 4; Largo Élio Amorim em frente à Igreja; Rua Dr. António Gomes Rebelo até à Rua da Buciqueira (antiga serração do Teixeira)
Em breve será aqui publicado o programa detalhado das Comemorações que vão decorrer entre 14 e 19 de Abril com várias exposições.
Próximo ensaio: Domingo 5 de Abril 16 horas no Largo da Feira dos 4 em frente aos Correios

Assembleia Freguesia

Na 5ª feira 2 de Abril realizou-se a Assembleia de Freguesia de Arrifana. Foi aprovado com 8 votos a favor e 5 abstensões o Relatório e Contas do exercicio de 2008. As principais actividades de 2008 foram:
- Obras no campo nº2
- Passeios
- Alargamentos
- Sinalização
- Obras nas escolas
- Festival das colectividades

Foi comunicado que o programa do Bicentenário da Resistência às Invasões Francesas foi concluído e será distribuido à população a partir deste fim de semana.

As obras da zona de lazer só serão concluídas depois da Simria colocar o colector que tem projectado para a zona.

O público presente denunciou a ilegalidade de uma construção na Rua Burgo de Ryfana e lamentou o encerramento da passagem de nível das Laceiras pela Refer sem que fosse criada uma passagem inferior.

Futebol Inatel

1ª Divisão

Manhôce FC 0-0 Pousadela
Nadais 3-0 Os Arrifanenses
Os Arrifananses 0-2 Pigeiros


2ª Divisão

JUAT 0-0 Hyppies FC
Raiva 0-0 JUAT
Hippyes FC 0-0 Vale

História das Invasões Francesas em Arrifana

"Na madrugada de 17 de Abril de 1809 o exército francês cerca e toma de assalto a pacata povoação de Arrifana. Quem oferece resistência ou ensaia a fuga é morto a tiro, à coronhada ou trespassado pelos sabres e baionetas dos soldados de Napoleão. Grande parte da população procura refúgio no interior da igreja que, no entanto, acaba por se revelar uma verdadeira ratoeira: os franceses obrigarão todos os homens válidos a saírem do templo, seleccionando em seguida um em cada cinco.

Os “quintados” (assim ficaram conhecidos) são de seguida fuzilados pelos invasores. Quando estes partem deixam atrás de si a povoação em chamas e, empilhados no local do massacre, dispersos por campos e caminhos de tentativa de fuga e pendurados de cabeça para baixo em várias árvores, cerca de 70 mortos.

A forte resistência popular ao exército francês invasor foi um dos factores mais característicos da Guerra Peninsular. As populações portuguesas e espanholas foram, com efeito, responsáveis por constantes e hostis acções em relação às tropas napoleónicas. E se essa oposição foi muitas das vezes “passiva” e materializada no abandono das povoações e propriedades e na destruição dos bens que, de algum modo, pudessem servir ao inimigo, não é menos verdade que esta resistência assumiu crescente e correntemente facetas bélicas.

Multiplicavam-se, na realidade, as emboscadas e pequenas acções militares que, tanto ou mais do que fragilizar o ocupante pelas baixas que provocavam, o desmoralizavam dado o constante clima de medo pelo inesperado em que as tropas viviam. De resto, vários estudiosos têm defendido que foi com a Guerra Peninsular que a expressão “guerrilla” (pequena guerra) adquiriu o significado de resistência popular contra um invasor ou inimigo do povo pelo qual é hoje universalmente reconhecida.

Muitas vezes, contudo, as emboscadas sobre o exército francês acabaram por o motivar para duras acções punitivas de vingança sobre as populações. Foi o que aconteceu em Arrifana, durante a 2ª Invasão Francesa, em 17 de Abril de 1809.

Tudo começou poucos dias antes quando o tenente-coronel Lameth, ajudante de campo do General Soult que comandava esta invasão e desde 29 de Março ocupara o Porto, parte desta cidade, acompanhado por outros cavaleiros franceses, levando consigo ordens de Soult para as tropas estacionadas junto ao Vouga.

Não obstante a sua reconhecida competência, em Riba-Ul, Oliveira de Azemeis, este oficial francês e os seus companheiros caíram numa emboscada de paisanos encabeçada pelo chefe da guerrilha de Arrifana Bernardo António Barbosa da Cunha, um dos mais importantes morgados da região que, na sequência da invasão francesa, havia juntado os seus criados e os mancebos vizinhos, dera-lhes instrução militar, e organizara assim um grupo de guerrilheiros que repetidamente emboscava as tropas inimigas que aqui passavam para a frente do Vouga ou regressavam ao Porto.

Face à resistência oferecida por Lameth é o próprio Barbosa da Cunha que o mata a tiro de espingarda. Dois outros franceses morrem também na sequência deste embate, mas os restantes conseguem escapar e, com eles, segue a denúncia dos autores da emboscada.
A vingança do general Soult não se fará esperar. E assim, na madrugada de 12 de Abril, as tropas napoleónicas, comandadas pelo general Thomiers, escreverão mais uma página negra da história das invasões francesas.

Cercada e tomada de assalto a pacata povoação de Arrifana, local de origem da maioria dos elementos da guerrilha de Barbosa da Cunha (que consegue, no entanto escapar, juntamente com a maioria dos seus homens), assistir-se-á em seguida a uma bárbara carnificina. Quem resiste ou procura fugir é morto a tiro, à coronhada ou trespassado pelos sabres e pelas baionetas dos invasores. São poucos, no entanto, estes mortos, se comparados com o número de homens que morreriam poucas horas depois.

O cenário do que se passou é dantesco mas narra-se em poucas palavras: porque para aí foram empurrados pelas tropas ou porque aí procuraram refúgio, grande parte da população concentra-se no interior da igreja que, rapidamente, se transforma numa verdadeira prisão, de onde é impossível fugir. Os franceses obrigarão então todos os homens válidos a saírem do templo, seleccionando em seguida um em cada cinco. Os “quintados” (assim ficaram conhecidos) são levados para o campo da Buciqueira, entre a Arrifana e S. João da Madeira, e de seguida fuzilados.

Lado a lado tombam pais e filhos, irmãos e, pelo menos, 32 homens casados e 12 viúvos. E porque cinco dos infelizes sobreviveram ao fuzilamento, foram mortos posteriormente no lugar onde a guerrilha havia abatido o oficial francês Lameth e deixados, durante vários dias, pendurados de cabeça para baixo em cinco carvalhos que aí existiam.

Foram pois, muito poucos, os que tiveram a sorte do chapeleiro Gaspar que, embora fizesse parte dos “quintados”, não foi atingido no fuzilamento deixando-se, no entanto, cair entre os mortos ensanguentados e, com as mãos atadas, esperar pacientemente pela noite para fugir.

Não se sabe correctamente quantas pessoas morreram nesse dia. Um estudo recente (GUIMARÃES e outros 1997) indica de uma forma clara que só na freguesia da Arrifana os Registos Paroquiais referem 67 óbitos na sequência da intervenção francesa. A estes haverá, no entanto, que acrescentar outros que, feridos de morte, acabam por se refugiar e falecer noutras paróquias ou o caso de algumas vítimas que, por serem de outras povoações vizinhas, foram transportadas pelos seus familiares para as suas terras onde foram sepultadas e registado o seu óbito.

Embora reconheça que, em resultado do desnorte que terá atingido as populações e os seus párocos durante os dias seguintes, se detectem alguns registos de óbito repetidos, Saúl Valente havia salientado já em 1937 que entre as vítimas do fuzilamento se encontram, além dos homens da Arrifana, 2 de Mosteirô, 1 da Vila da Feira e 4 de S. João da Madeira. De resto, sabe-se que oito das vítimas foram enterradas nesta última localidade.

Curiosa é a expressão utilizada pelo pároco de Arrifana nos seus registos. Querendo deixar bem marcada a memória da matança substituiu, nos já referidos 67 óbitos desse dia, o corrente “faleceu da vida presente” por um repetido “morto de repente pelos franceses”, que o mesmo é dizer fuzilados ou, como poucos anos depois (1822) lembraria umas alminhas ainda existentes no centro da Arrifana: “arcabusados pelos franceses”.


Monumento
No Largo da Guerra Peninsular (na parte de cima da Feira dos 4) situa-se o Monumento aos Mártires de Arrifana: um obelisco granítico, com mais de oito metros de altura, inaugurado em 1914 e da autoria de Domingos Maia, um artista local. O escultor José de Oliveira Ferreira, autor do famoso monumento dedicado à Guerra Peninsular no Campo Grande, em Lisboa, é o autor do painel em bronze que representa o fuzilamento de 17 de Abril de 1809, visível numa das faces do monumento, e aí colocado em 1935. É classificado como um Monumento Militar.

Perto do Monumento situam-se as alminhas da Arrifana, datadas de 1822. No seu interior um retábulo naif retrata a cena do fuzilamento e ostenta a seguinte legenda: “PELAS ALMAS DOS NOSSOS IRMÃOS PATRICIOS/ QUE MORRERAM NESTE SITIO ARCABUSADOS PELOS FRAN/ CESES NO ANO DE 1809 P.N.A. M.”. Trata-se de um segundo retábulo, feito já no século XX, que substituiu e procurou copiar o original que, bastante degradado pelo passar dos anos, se encontra na Biblioteca dos Bombeiros Voluntários da Arrifana.


Livro
Gonçalves GUIMARÃES, Sérgio COELHO, Felicidade FERREIRA - “Os Mártires de Arrifana. Memória da Guerra Peninsular”. Arrifana: Junta de Freguesia, 1997, 127 p."


Fonte: Joel CLETO e Suzana FARO- Massacre em Arrifana, Feira. Mortos de repente pelos franceses. O Comércio do Porto. Revista Domingo, Porto, 23 de Janeiro 2000, p.21-22.

Retirado de http://joelcleto.no.sapo.pt/textos/Comercio/MassacreemArrifana.htm/

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Eleições JSD Arrifana

Decorreram ontem as eleições para a Comissão Política e Mesa do Plenário da JSD Arrifana com lista única para cada um dos órgãos.
Membros eleitos:

Comissão Política
Presidente - Ricardo Costa
Vice-Presidente - José Manuel Oliveira
Secretário - Francisco Terra
Tesoureiro - Bruno Oliveira
Vogais - Diogo Santos; Ricardo Familiar; Filipe Lisboa

Mesa do Plenário
Presidente - Jorge Silva
Vice-Presidente - Ana Silva
Secretário - Bruno Almeida

23/03/09

200 anos das Invasões Francesas

No fim-de-semana de 19 de Abril vai decorrer em Arrifana uma recriação histórica para assinalar a emboscada que os Arrifanenses efectuaram às tropas de Napoleão e a vingança dos Franceses que invadiram Arrifana tendo fuzilado 70 pessoas.

Participe neste momento único que só acontece de 100 em 100 anos!
Inscreva-se como figurante na Junta de Freguesia de Arrifana e traga também a sua família e amigos e amigas.
Inscrições terminam no dia 26 de Março.
Ensaio no dia 28 de Março às 15 horas no largo da Feira dos 4 em frente aos Correios.

Entretanto reserve o fim-de-semana a seguir à Páscoa (de 17 a 19 de Abril) para participar neste emocionante evento que vai homenagear os nossos antepassados.

Mais pormenores em breve.

Últimos Resultados Inatel

1ª Divisão
Os Arrifananses 2-2 Manhôce FC

2ª Divisão
VC Perrinho 0-4 Hippyes FC
JUAT 1-1 Folgoso

01/03/09

Banda de Música teve prenda em dia de Caldeirada de Grelos

Realizou-se este sábado a tradicional Caldeira de Grelos que celebrou 206 anos da Banda de Música de Arrifana.

As comemorações iniciaram-se com um concerto no Salão dos Bombeiros que contou com sala cheia com destaque para os 60 alunos da Escola da Bana que com as suas famílias ocuparam grande parte dos lugares disponíveis.

Apesar de ainda estar em início de época, a Banda actuou de forma convincente com uma agradável tessitura que encantou os presente e antecipa uma boa época. Estrearam-se 6 novos elementos e é bem notória a jovem média de idades.
O concerto encerrou-se com a actuação dos jovens alunos da escola.

O jantar ficou marcado pela cedência de um terreno da Câmara Municipal à Banda de Música.
Esta oferta foi de encontro aos pedidos da Direcção da Banda de Música e da Junta de Freguesia e foi testemunhado por uma sala com cerca de centena e meia de pessoas num restaurante em Arrifana.
A oferta do terreno permite à Banda iniciar a construção de uma sede com salas de aulas, Auditório e uma espaço de restauração que servirá como fonte de receitas futuras.
O terreno situa-se entre a linha de comboio e a Habitação Social de Manhôce.

O Presidente da Banda mostrou-se satisfeito pelo protocolo da cedência de terreno assinado com a CM Feira representada pelo Presidente Alfredo Henriques e o Vereador da Cultura Amadeu Albergaria, referindo que o "o viagra da Banda não era azul mas sim a coesão".

Destaque ainda para a homenagem ao músico Manuel Carvalho pelos 60 anos consecutivos como executante da Banda.

Amadeu Albergaria destacou o trabalho da Banda em prol da comunidade ao dar ensino de música gratuito.

Recriação das Invasões Francesas

Arrifana vai celebrar 200 anos no mês de Abril dos combates travados pelos Arrifanenses e populações vizinhas contra as Invasões Franceses e lembrar o massacre que sucedeu no lugar da Buciqueira.

Encontram-se abertas as inscrições para figurantes. Apela-se a todos os Arrifananses e populações vizinhas que se inscrevam na Junta de Freguesia de Arrifana para participarem activamente nesta recriação histórica.

Juniores do CDA

Terminou a Fase Regular do Campeonato Nacional de Futebol de Juniores da 2ª Divisão no dia 21 de Fevereiro. O CDA terminou em 11º lugar (penúltimo lugar) na Série B. Perdeu o último jogo por 2-1 em Moimenta da Beira.
O balanço final resume-se apenas a 3 vitórias e 2 empates em 22 jogos.
No entanto, a equipa foi progredindo ao longo da época.