14/09/10

Mais uma mentira aos Arrifanenses

A CM da Feira continua a humilhar os Arrifanenses, em especial aqueles que confiaram nas promessas eleitorais. Depois da promessa de que o arranque das obras do Centro Escolar aconteceria a qualquer momento, vem agora a informação oficial em reunião de Câmara que Arrifana já não vai ter direito a Centro Escolar.

"O dossiê ainda está a ser objecto de estudo mas a construção, em Arrifana, de um centro escolar de 12 salas, como chegou a ser equacionado, inclusivamente na Carta Educativa, é um cenário praticamente afastado, encontrando-se em cima da mesa uma alternativa. A evolução do número de alunos no 1º Ciclo em Arrifana e as alterações no modelo de financiamento comunitário dos centros escolares, levou a Câmara a repensar a sua estratégia, que poderá passar pela ampliação de uma das actuais escolas da vila.

“Neste momento, não se justificam tantas salas e um investimento de 1,7 milhões. A boa gestão é adaptar a Carta Educativa à realidade presente” - sustenta o presidente da Câmara, Alfredo Henriques, adiantando que o processo está a ser alvo de análise com o Agrupamento de Escolas de Arrifana e Escapães e a Direcção Regional de Educação do Norte. Em cima da mesa, está um cenário que prevê a manutenção da escola do Outeiro e a ampliação e remodelação de uma das outras. Carvalhosa – admite o presidente – é a tendência que recolhe, “neste momento”, mais consenso.

O problema da localização do centro escolar de Arrifana foi espoletado, na última sessão do executivo municipal, pelo socialista António Bastos. “Onde será o novo centro escolar de Arrifana? Em Manhouce? Bairro? Carvalhosa? A Câmara não tem opinião? Não tem uma Carta Educativa que devia indicar onde são os futuros centros escolares?” - questionou, considerando que se o documento, a exemplo de outros municípios, indicasse os locais dos futuros centros educativos , o problema de Arrifana seria evitado. “A Câmara está à espera que a DREN decida? Temos que tomar decisões no tempo certo” - insistia o vereador socialista."

in Terras da Feira de 13 de Setembro de 2010

"Para o PS, este "é mais um sinal claro de soluções encontradas em cima do joelho e que prejudicam os alunos". CDU, Bloco de Esquerda e CDS-PP vão ainda mais longe e lembram que o centro de Arrifana "foi o primeiro a ser prometido por quem gere a câmara. É bom que os arrifanenses que votaram PSD tirem as suas conclusões, porque é a freguesia que está a ser prejudicada".



Se "isto não fosse um assunto tão sério, só me apetecia desatar às gargalhadas, porque constroem o Centro Escolar de Louredo, essa urbe concelhia, mas Arrifana, que é das freguesias com mais população não justifica uma obra destas! Que gestão é esta?" interroga Antero Resende, em declarações à Águia Azul.

Imune às palavras da oposição, o presidente do executivo camarário enfatiza as decisões de quem governa. "Um líder dá as suas opiniões, mesmo que não agradem a algumas pessoas. Fi-lo sempre, em todos estes anos, e os feirenses entenderam-me". O caso de Manhouce é lembrado por Alfredo Henriques. "Mesmo em Assembleia Municipal, com as pessoas de Manhouce, disse o que achava. Entendo que, em termos pedagógicos, se tomou a melhor decisão em Arrifana, mas é bom que as pessoas saibam que não foi a câmara que fechou essa escola. Esse encerramento já aconteceu no ano lectivo passado", ressalva.
Segue-se a questão efectuada por António Bastos, vereador do Partido Socialista. "Mas afinal para que serviu a carta educativa. Porque é que esta câmara não faz planeamento ao nível do Ensino. Então onde se vai fazer o centro escolar?


Alfredo Henriques não tarda na resposta. "Não se justifica fazer um Centro Escolar com a dimensão do projecto inicial, com 13, ou 14 salas e que requer um investimento de 1 milhão e 700 mil Euros. A análise que está a ser feita com o Agrupamento escolar de Arrifana e com a DREN passa por manter Outeiro e dar mais dignidade às outras escolas. Passa por introduzir melhorias na Escola da Carvalhosa, sem construir o grande centro escolar", garante.


in Jornal Correio da Feira de 13 de Setembro de 2010